domingo, 20 de setembro de 2009

A abolição da escravatura tem 121 anos




Já são 121 anos que nos separam do marco histórico da Abolição da Escravatura, documento assinado e ordem proclamada pela então gestora dessa nação, princesa Isabel. Não vamos entrar na discussão sobre os méritos e deméritos de como a coisa foi feita, mas é ne-ces-sá-rio ponderar como há pessoas que não se tocam que elas não podem mais tratar suas empregadas domésticas como mucamas.


Sim, há quem faça isso e há muuuuuiiita gente assim, SEM NOÇÃO... Minha amiga japinha Carmem Maki contou a história de uma pessoa que ela conhece e que é protagonista contumaz de histórias SEM NOÇÃO a serem contadas posteriormente.


Come on: a criatrura de Deus é separada e desse casamento tem um filho. Ela e o ex se reverzam nos fins de semana com o filho. Não satisfeita com um ex tão parceiro (muitas mulheres sofrem com ex que só quiseram participar da concepção do rebento. O resto, acham eles, é responsabilidade da mulher - isso é SEM NOÇÃO) , ela queria fazer uma farra no fim de semana que o filho estava em casa. Tendo, portanto, que contar com sua empregada.


Como ela não sabe a diferença entre trabalho remunerado e trabalho escravo, quando pedir a empregada que ficasse à noite tomando conta do filho, a mesma se recusou, alegando ter que retornar aos seus. Na verdade, ela não precisaria alegar nada, pois a sua jornada de trabalho era até 18 horas. Mas ela poderia fazer esse favor. É verdade, poderia; mas seria um favor...


Entretando a nossa personagem central contou para minha amiga sua indignação:

- Mas ela poderia ter ficado.!

- Não, respondeu Carmem, ela não poderia pois invadiria o horário dela de curtir a família, amigos ou qualquer outra atividade de sua vida pessoal.

- Mas eu trato ela tão bem, Carmem... Outro dia, separei várias roupas minhas. Coisa boa mesmo, algumas quase novas, e dei a ela. Ela devia ter consideração.

- Fulana, pergunta minha combativa amiga Carmem, você perguntou a ela se ela queria essa "doação"?

- Não.

- Pois é, há pessoa que se não se sentem à vontade com isso. Pense nisso. Quando eu quero dar um presente para minha diarista, eu compro exclusivamente para ela. Quando tem peças para doar, pergunto se ela gostaria de levar para doar a alguém. Dignidade, fulana, dignidade!


Como vocês podem observar, Fulana, realmente acha que sua empregada é um ser inferior e, além de ignorar que a moça tem vida pessoal após o expediente, doa seus "nobres" pertences usados como se fosse uma benção de Deus para uma pobre coitada que nunca teria condições de comprá-los. Isso é SEM NOÇÃO!



Foto: www.sxc.hu

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